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Um dia depois de decretada a desvalorização do peso, a remarcação de preços era intensa nesta terça-feira, na Argentina. Produtos de consumo diário, como pão, aumentaram 15% a 30%, segundo a imprensa de Buenos Aires. Também aumentaram fortemente os produtos importados, como café e eletrodomésticos.
O vice-ministro da Economia da Argentina, Jorge Todesca, anunciou nesta terça um plano para monitorar o aumento de preços no país. Ele apelou a fornecedores e comerciantes para atuem "como em um país normal" e não aumentem os preços. À população, pediu que fiscalize aumentos abusivos. O mecanismo de controle será criado pela Secretaria do Comércio e pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), órgão oficial de pesquisa da Argentina).
– Temos de tratar, tanto os consumidores como o governo, de ter uma desvalorização (do peso) com êxito, que não se transfira para os preços – afirmou Todesca.
O vice-ministro reconheceu que existe uma "campanha psicológica de setores interessados em elevar os preços". Embora não tenha citado explicitamente esses setores, Todesca referia-se especialmente às prestadoras de serviços públicos, como as de telecomunicações e energia.
A Câmara de Supemercados, que concentra 75% das vendas ao consumidor, admitiu "aumentos pontuais de preços", devido à desvalorização do peso em quase 29%, anunciada no último domingo. Segundo a entidade, em alguns casos "as altas são injustificadas", mas "ao final, os preços serão determinados pelo mercado". O governo confia em que a escassez de dinheiro e a recessão profunda do país impeçam uma escalada de preços.
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