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 | 01/09/2005 14h55min

Justiça revoga liminar que impedia venda da VarigLog

Companhia deve usar metade do valor da transação para quitar dívidas

A liminar que impedia que a Varig vendesse a sua unidade de logística VarigLog foi revogada hoje pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio. A juíza Giselle Ribeiro, da 19ª Vara, disse que o assunto cabe à 8ª Vara Empresarial, administradora da recuperação judicial da companhia aérea.

"Entendemos que qualquer venda de ativos somente poderá ser efetuada com expressa autorização do juízo empresarial, o que seguramente impedirá que qualquer transação comercial seja realizada em prejuízo aos credores, inclusive trabalhistas", afirma a sentença.

A VarigLog estava em processo de venda para o fundo de investimentos americano Matlin Patterson e está avaliada em cerca de US$ 100 milhões. A Varig deve receber pouco menos de US$ 40 milhões com a transação e utilizará quase metade disso para pagar dívidas com empresas de leasing de aeronaves.

A assessoria de imprensa da Varig informou que a companhia aérea brasileira conseguiu suspender por pelo menos 20 dias decisão da Corte de Falências do distrito Sul de Nova York sobre um pedido de arresto de 11 aeronaves da companhia.

A companhia aérea brasileira reconhece que, sem estes aparelhos, sua operação poderá ficar inviabilizada em várias rotas, principalmente as internacionais.

A empresa aérea alega que, para fazer os pagamentos à International Lease Finance Corporation (IFLC), contava com o dinheiro da venda da VarigLog. Mas uma liminar da Justiça do Trabalho no Brasil quase colocou por terra esta estratégia. Só agora advogados da companhia aérea conseguiram derrubar a liminar que determinou o arresto dos bens das suas subsidiárias VarigLog e Varig Engenharia e Manutenção (VEM).

O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, disse que é fundamental que a Varig consiga vender sua subsidiáriaa VarigLog para o fundo de investimentos americano Matlin Patterson, para que possa ter condições de conseguir quitar seus compromissos até o fim do ano.

– Nós não temos outro plano viável a não ser a venda da subsidiária ao fundo. Se alguém tiver uma proposta melhor, que a apresente – destacou Omar.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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