Está marcada para as 10h desta segunda a entrega do plano de recuperação judicial da Varig ao Palácio da Justiça, no Rio de Janeiro. Apresentado ontem ao Conselho de curadores da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora da Varig, o plano inclui a renegociação da dívida com os credores da empresa e cortes no quadro de funcionários da empresa, que hoje emprega 17 mil pessoas.

O projeto, no entanto, não anuncia um investidor para a reestruturação da companhia. Ele preveria a criação de um novo CGC para a empresa aérea e o passivo ficaria com a massa falida da Varig. Nos próximos meses, até dezembro, os cerca de 20 mil credores da companhia, divididos em três classes, e a 8ª Vara Empresarial do Rio se manifestarão a respeito do plano. Desse processo, pode resultar a solução para a crise financeira ou o encerramento das operações da aérea.

Com objetivo de garantir as operações da Varig nos próximos meses, a empresa acertou a venda de sua subsidiária de logística, a VarigLog, ao fundo norte-americano MatlinPatterson, por US$ 38 milhões (mas, que, com empréstimos e adiantamento de recebíveis, pode garantir quase US$ 100 milhões no curto prazo à companhia).

Os recursos da venda da VarigLog são definidos como fundamentais pelos administradores. Porém, entidades representantes dos trabalhadores e o fundo de pensão Aerus, dono de 5% da VarigLog, já se manifestaram contrários à venda e prometem não medir esforços para impedir a concretização do negócio.