| 14/09/2005 13h49min
O policial Marcial Maldonado, que atirou no zagueiro Carlos Azcurra durante uma partida da segunda divisão Argentina no último final de semana, pediu perdão à família da vítima, assegurando que o fato foi acidental.
– Matar uma pessoa foi a última coisa que quis fazer. Foi um acidente. Que eles saibam entender isto, por favor – disse Maldonado, chorando, em declarações publicadas hoje pela imprensa da cidade de Mendoza, onde ocorreu o incidente.
Diretamente do local onde está preso, o oficial disse a um jornal local que sente uma profunda dor pelo que aconteceu, antes de reiterar que foi "um ato involuntário".
– Não posso descrever minha dor por tudo isso. Peço perdão, entendo seu sofrimento – destacou.
Maldonado, de 43 anos, foi acusado de tentativa de homicídio pela procuradora Liliana Curri após disparar à queima-roupa em Azcurra durante uma discussão entre policiais e jogadores do San Martín de Mendoza que tentavam
evitar que as tropas atirassem balas de borracha contra a
torcida.
Sua esposa, Marisa, que é professora de uma escola em Mendoza, comentou que seu marido "é um homem direito e sumamente tranqüilo" e apontou que vê-lo envolvido nessa situação "abala toda a sua família".
Segundo o último boletim médico divulgado ontem, o estado de saúde de Carlos Azcurra evolui favoravelmente, mas permanece com "diagnóstico reservado" devido aos graves ferimentos registrados no pulmão direito e na zona hepática.
O jogador de 28 anos deixou de respirar por aparelhos e está numa sala de cuidados intensivos do hospital Lagomaggiore de Mendoza, 1.200 quilômetros ao oeste de Buenos Aires, onde foi operado no último domingo, dia 11.
Maldonado e outros sete policiais de Mendoza que faziam parte do grupo que estava dentro de campo foram punidos e serão submetidos a um processo judicial.
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