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Vestido com um uniforme verde escuro, no qual estava escrito prisioneiro nas costas, o talibã americano John Walker Lindh apresentou-se, nesta quinta-feria, dia 24, pela primeira vez, diante de um juiz, em Alexandria, Estado de Virginia.
Com voz clara, afirmou que compreendia as acusações formuladas contra si – entre as quais a de conspirar para matar seus compatriotas que lutavam contra o terrorismo no Afeganistão. As medidas de segurança foram bastante intensas na área do juizado, a poucos quilômetros do Pentágono, duramente atingido nos ataques terroristas de 11 de setembro. A mãe de Walker, Marilyn, e o padrasto, Frank Lindh, tentaram vê-lo na quarta-feira à noite, dia 23, mas não conseguiram. Os três só se reuniram nesta quinta, antes da audiência.
Caso seja considerado culpado, Walker poderá ser condenado a duas penas de prisão perpétua e a duas penas de 10 anos de prisão. Walker viajou sozinho ao Iêmen no verão de 1998 quando tinha 17 anos, um ano depois de sua conversão ao islamismo. Atravessou o mundo para estudar árabe, mas acabou abandonando a escola, que custou milhares de dólares a seus pais.
O americano, que passou a vestir roupas islâmicas e deixou a barba crescer ainda na adolescência, voltou a San Francisco, onde a sua família mora, no início de 1999. Oito meses depois retornou ao Iêmen, viajou ao Paquistão e, dali, sem avisar os pais, partiu para o Afeganistão, onde teria, inclusive, encontrado Osama bin Laden.
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