| 27/09/2005 23h09min
Um dos líderes da Geral disse, nesta terça, que a solução para conter a comemoração da torcida é erguer na arquibancada as chamadas pára-avalanches, barras de ferro nos degraus que imitam uma pequena goleira. Colocadas no meio do caminho e afixadas com chumbo, elas impedem que as pessoas corram uma grande extensão, como acontece atualmente. A idéia foi aplicada com sucesso nos estádios argentinos.
– É uma pena, vai inibir um pouco nossa animação, que nos tornou conhecidos em todo o Brasil. Mas temos medo de que o muro caia e o Grêmio seja suspenso por seis meses – afirmou o torcedor, pedindo para não ser identificado.
A idéia da instalação das pára-avalanches foi apresentada aos dirigentes há um ano, ainda na gestão do ex-presidente Flávio Obino. Na época, não houve interesse na instalação. Uma nova tentativa foi feita este ano. Mas como há depósitos sob as arquibancadas, que são "ocas", fica difícil afixar as barras de ferro com a profundidade suficiente para impedir que sejam arrancadas.
A Geral do Grêmio rejeita o título de torcida organizada, por não ser cadastrada, nem receber subsídios financeiros do clube. Trata-se de um movimento, afirma o torcedor. Segundo o diretor de segurança do clube, Sidenir Almeida, os integrantes do núcleo dirigente da Geral são cadastrados, o que facilita o controle da entrada dos instrumentos e a fiscalização da Brigada Militar. Não há subsídios, embora o clube coloque ônibus à disposição dos torcedores para deslocamentos.
– São cerca de mil pessoas do núcleo inicial. Mas, a cada jogo, cresce a adesão. Até evitamos entrar na avalanche. Ficamos mais na parte de cima. Mas, nas condições atuais, não há como impedir que as pessoas saiam vibrando nos gols – comentou o torcedor.
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