| 30/09/2005 22h20min
A Polícia Federal (PF) instaurou 3,5 mil inquéritos para apurar remessas ilegais de dinheiro entre 1999 e 2002. Ao todo, foram movimentados US$ 975 milhões ilegalmente. Segundo a assessoria de imprensa da PF estão entre os investigados artistas, empresários e políticos, além de 200 funcionários públicos, que fizeram remessas de US$ 30 mil (R$ 66,9 mil) a US$ 20 milhões (R$ 44,6 milhões) por meio de doleiros que administravam subcontas da Beacon Hill, investigada pelo Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado.
Há suspeitas de evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, entre outros crimes porque, em vez de enviar os recursos pelo sistema financeiro, os suspeitos recorreram a doleiros. Os inquéritos envolvendo parlamentares serão enviados para a Procuradoria-Geral da República, já que eles têm direito a foro privilegiado.
As investigações sobre essas irregularidades começaram com a operação Farol da Colina (Beacon Hill) há cerca de dois anos. Os inquéritos são resultado de um desdobramento das investigações da operação da PF e da CPI do Banestado. A PF investiga as operações financeiras realizadas por meio da Beacon Hill Service Corporation, empresa suspeita de lavagem de dinheiro que foi fechada pelas autoridades norte-americanas em 2003. Na primeira etapa da operação, a PF prendeu 70 grandes doleiros do país.
A partir de informações preliminares, a Receita Federal notificou e começou a cobrar impostos e multas de aproximadamente 3,5 mil pessoas e empresas. A PF estima que foram enviados US$ 965 milhões (R$ 2,15 bilhões) de forma irregular para o Exterior entre 1999 e 2000. De acordo com a PF, 720 inquéritos serão remetidos para o Rio de Janeiro, 2,2 mil para São Paulo e 300 para Minas Gerais.
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