Ganhar a guerra contra o terrorismo, proteger o país e superar a recessão foram os três grandes temas que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, abordou no seu primeiro discurso anual de balanço de governo – uma espécie de prestação de contas ao Congresso –, na noite desta terça-feira, dia 29. O discurso, que durou cerca de 45 minutos, é considerado o mais importante evento político de cada ano nos EUA, em especial nos eleitorais, como este.

Bush enfatizou em seu pronunciamento as vitórias na luta contra o terrorismo e voltou a ameaçar aqueles que não cooperarem. O presidente dos Estados Unidos disse que o país mantém tropas nas Filipinas e a Marinha na costa da África, "para acabar com o terrorismo em países como a Somália". Entretanto o presidente disse que "alguns governos não estão fazendo seu papel na luta contra o terror, mas se eles não agirem, a América agirá". Bush citou Coréia do Norte e Irã como países perigosos, mas seu alvo foi o Iraque.

– O Iraque continua a dar suporte a terroristas e possui armas de destruição em massa – criticou.

O presidente prometeu ainda reativar a economia do país e gerar novos empregos. Para tanto, apelou ao Congresso para que aprove seus planos econômicos.

A 10 meses das eleições legislativas, decisivas para decidir o controle do Congresso, Bush parece invencível, apesar da situação econômica difícil e do escândalo que desabou sobre Washington depois da quebra da Enron, gigante do setor de energia, cujos dirigentes construíram estreitos laços com a administração republicana do ex-governador do Texas.

O forte apoio público se traduz nas pesquisas de opinião divulgadas nesta terça-feira. De acordo com um levantamento feito pela ABC-Washington Post com 1.607 adultos entre os dias 24 e 27 deste mês, o trabalho do líder norte-americano é aprovado por 83% dos pesquisados. Uma outra pesquisa, da CNN-USA Today-Gallup, que ouviu 1.011 adultos entre os dias 25 e 27, mostra uma aprovação ainda maior, de 84%.