| 12/10/2005 20h43min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez nova advertência à Síria sobre suas suposta interferência nos assuntos internos de Líbano e Iraque, depois de Damasco anunciar hoje o suicídio de seu ministro do Interior, Ghazi Kanaan.
Em entrevista coletiva junto ao presidente polonês, Aleksandr Kwasniewski, Bush não quis falar sobre o suicídio de Kanaan ou sua possível relação com a iminente publicação de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as responsabilidades no assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, morto em fevereiro na cidade de Beirute.
– Não quero dar opiniões antecipadas sobre o relatório que está a ponto de sair, o relatório Mehlis – disse Bush.
Detlev Mehlis, procurador alemão encarregado pela ONU de investigar o assassinato de Hariri, entregará seu relatório no próximo dia 21. Há três meses, a equipe liderada pelo procurador interrogou Kanaan, considerado o "homem forte da Síria" no Líbano durante muito tempo.
O governo americano acha que a Síria pode ter tido um papel no assassinato de Hariri, que nos meses antes de sua morte tinha adotado uma posição cada vez mais dura contra a presença de Damasco em seu país. A morte do primeiro-ministro criou uma corrente de pressão internacional que forçou a saída das tropas sírias do Líbano.
Em suas declarações, Bush disse que "uma coisa é que tenha sido pedida a saída das tropas e dos serviços de inteligência. Agora o mundo quer e espera que a Síria respeite a democracia no Líbano".
Além disso, Bush disse esperar "que a Síria faça tudo o que estiver em suas mãos para impedir a passagem de terroristas suicidas e assassinos ao Iraque. Esperamos que a Síria seja um bom vizinho no Iraque".
Nos últimos meses, Washington aumentou a pressão sobre a Síria, país que acusa de não fazer o suficiente para impedir a passagem de terroristas ao Iraque e de interferir nos assuntos internos do Líbano.
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