O braço iraquiano da rede terrorista internacional Al-Qaeda anunciou hoje que irá assassinar os dois diplomatas marroquinos, seqüestrados em 20 de outubro quando viajavam para Amã. Segundo um comunicado que circula na internet, o "comitê islâmico" do grupo decidiu que devem ser executados por trair os princípios do Islã e colaborar com o inimigo.

O comunicado ressalta que os diplomatas "são seguidores do diabo que servem aos inimigos do Islã". No caso de serem assassinados, subirá para cinco o número de diplomatas árabes executados pelo braço da Al-Qaeda no Iraque em 2005.

A Organização da Al-Qaeda para a Jihad na Mesopotâmia, com a qual se relaciona o grupo do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, é a mais sanguinária das organizações radicais islâmicas que atuam no Iraque desde a queda, há dois anos e meio, do regime de Saddam Hussein. O comitê islâmico é uma espécie de tribunal formado pelo próprio grupo que aplica a lei muçulmana ou Sharia e que, no princípio do ano, ordenou o assassinato de um diplomata egípcio e de seus dois colegas argelinos também seqüestrados.

Em comunicado similar, o braço da Al-Qaeda no Iraque anunciou na terça que submeteria os dois diplomatas marroquinos ao referido comitê islâmico.