Não soou bem no Olímpico as provocações que o presidente do Inter, Vitorio Piffero, fez logo após a vitória por 1 a 0 sobre o Estudiantes, quarta à noite, em La Plata. O dirigente disse que o feito colorado na Argentina havia sido completa, sobre um time "que não perdia há 43 jogos em casa e que tinha a fama de virar jogo com sete jogadores em campo".

Piffero se referia ao empate em 3 a 3 entre Grêmio e Estudiantes, pela Copa Libertadores de 1983, no antigo Estádio José Luis Hirsch. O time gaúcho vencia o jogo por 3 a 1, mas cedeu o empate para uma equipe com quatro jogadores a menos. A partida ficou conhecida como "A Batalha de La Plata".

Nesta manhã, André Krieger, diretor de futebol do Grêmio, aproveitou uma entrevista sobre o jogo contra o Ipatinga, pela penúltima rodada do Brasileirão, às 17h de domingo, para devolver a alfinetada vermelha. Segundo o cartola, o time de Celso Roth ainda tem esperança de chegar ao título brasileiro, mas a vaga na Libertadores também é um objetivo.

— Ganhando do Ipatinga o Grêmio praticamente assegura a vaga na Libertadores, entrando pela porta da frente na competição, como um grande clube tem de fazer — mandou Krieger, se referindo à vaga que o Inter pode conseguir na principal competição sul-americana, por convite, caso a federação peruana seja punida pela Fifa em definitivo.

Krieger ainda ironizou a próxima partida do Inter pelo Brasileirão, contra o Cruzeiro, no Beira-Rio, às 17h deste domingo. O Cruzeiro é adversário do Grêmio para figurar entre o G4, e o dirigente acredita que não tem de contar com a ajuda do rival. A tendência é que o time de Tite seja escalado com reservas

— Inter e Cruzeiro é um jogo jogado. Deve ganhar o Cruzeiro com facilidade. O Fluminense teve toda a facilidade no Beira-Rio. O Inter deve preservar seus jogadores para a finalíssima e conquistar esse título inédito. Eles estão envolvidos nessa extraordinária Copa Sul-Americana — finalizou Krieger.