| 14/11/2005 12h39min
A greve dos servidores que fazem a fiscalização agropecuária continua, até o governo federal apresentar uma proposta concreta para a categoria. A informação foi dada pelo presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Luiz Fernando Santos Carvalho. Segundo ele, o que está sendo prejudicado com a greve já era previsto:
– O governo foi informado da greve pela categoria dos fiscais agropecuários quatro vezes consecutivas e 15 dias antes da paralisação.
Carvalho afirmou que os motivos que levaram os fiscais agropecuários a entrar em greve foram a desvalorização da categoria em relação às demais, que reivindicaram mais do governo e foram atendidas.
– Achamos que somos peças importantes no agronegócio e devemos ser valorizados – afirmou.
De acordo com cálculos da associação, com a falta de certificação das mercadorias destinadas aos mercados externos, o agronegócio tem tido prejuízo semanal de US$ 700 milhões. A greve começou dia 7 deste mês.
As principais reivindicações da categoria são o desbloqueio de verbas para o Ministério da Agricultura em 2005 e 2006, concurso público para o cargo de fiscal agropecuário federal, criação de uma escola superior para treinamento dos fiscais e readequação do salário da carreira. A categoria tem 13 níveis e a remuneração varia de R$ 2.800 a R$ 4.021. Os fiscais também querem que o piso seja elevado para R$ 4.140 e a remuneração do último nível passe para R$ 5.900.
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