A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Louise Arbour, pediu hoje uma investigação internacional sobre as condições de detenção no Iraque, após tomar conhecimento de que supostamente o próprio Ministério do Interior desse país submeteu seus presos a torturas.

Em Bagdá, o ministro do Interior iraquiano, Bayan Jabr, negou na quinta as acusações direcionadas a seu ministério pelas supostas torturas cometidas contra 170 presos em instalações desse organismo. No entanto, na terça, o primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al-Jaafari, admitiu que tinham sido cometidas torturas em uma prisão ligada ao Ministério do Interior.

O caso foi descoberto no domingo, quando forças americanas irromperam em uma instalação pertencente ao Ministério do Interior.

Louise considerou que é urgente solucionar o problema dos longos períodos de detenção sem a adequada presença judicial. Ela também expressou preocupação com as informações que indicam que funcionários do Ministério do Interior iraquiano continuam retendo centenas de indivíduos em Mossul e em outros lugares sem levar em conta que já existem ordens judiciais para sua libertação.

AGÊNCIA EFE