| 28/11/2005 07h25min
O primeiro julgamento contra o ex-presidente Saddam Hussein e sete de seus ex-colaboradores será retomado hoje no Iraque. A sessão será realizada em Bagdá em meio aos protestos dos advogados da defesa: eles reclamam da falta de segurança.
A equipe de defesa já perdeu dois advogados, que foram assassinados. Houve ainda uma tentativa fracassada de matar o coordenador, Rahid Youhi. A equipe denunciou ainda as recentes ameaças sofridas contra as testemunhas.
O primeiro dos advogados de Saddam a ser assassinado morreu baleado em 20 de outubro, um dia depois do início do julgamento, enquanto o segundo morreu também assassinado no último dia 8. Após a sessão inicial, o chefe do tribunal, Rizgar Mohammed Amin, admitiu que dezenas de testemunhas tinham recusado a se apresentar à Justiça por medo de morrerem.
A sessão será realizada na zona verde, o local onde ficam o governo iraquiano e as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido. A defesa deve apresentar uma moção para adiar o julgamento em três meses – o objetivo é se preparar melhor.
O tribunal julga Saddam e seus sete colaboradores por crime contra a humanidade supostamente cometido em 1982, na aldeia de Dujail, ao norte de Bagdá. A procuradoria os acusa de ordenar o massacre de 141 cidadãos xiitas.
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