O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato responsabilizou hoje o ex-ministro Luiz Gushiken e o ex-presidente do banco Cássio Casseb pela nota técnica do banco autorizando a Visanet a antecipar o pagamento à DNA Propaganda, empresa do publicitário Marcos Valério de Souza.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) dos Correios, ele negou ter sido o autor da autorização. Pizzolato diz que a nota técnica teria chegado as suas mãos pronta, com o nome da DNA e a conta corrente em que o depósito deveria ter sido feito.

Pizzolato contou que conversou com Casseb e Gushiken e ambos o teriam incentivado a assiná-la. O depoente afirmou que quando tomou posse, recebeu uma ordem expressa para não substituir nenhum funcionário, não suspender qualquer projeto de patrocino nem de publicidade, sendo que os contratos de propaganda foram prorrogados antes mesmo de sua posse.

Depondo sem a proteção do habeas corpus, Pizzolatto já foi alertado por parlamentares que, se faltar com a verdade, poderá ser preso ali mesmo. Esse alerta foi feito tanto pelo relator adjunto Eduardo Paes (PSDB-SP) como pelo parlamentar José Eduardo Cardozo (PT-SP).