O dólar à vista abriu em alta de 0,18% nesta quinta, cotado a R$ 2,283 na compra e R$ 2,285 na venda. É o sétimo dia de alta da moeda norte-americana. No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros operam perto da estabilidade e o risco-país registra 311 pontos centesimais, também estável.

Ficou absolutamente dentro do esperado a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual. A partir desta quinta, a taxa Selic passa a ser de 18% ao ano. Os analistas do mercado são praticamente unânimes ao dizer que havia espaço para um corte maior e vários deles apostam que ele acontecerá em janeiro.

A repercussão do Copom nos ajustes dos mercados deve ser discreta e mais concentrada no mercado futuro de juros. No câmbio, a queda conservadora da Selic propicia a estabilidade ou mesmo a baixa do dólar. As compras de recursos do Banco Central, no entanto, mantêm a pressão de alta. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a decisão gera alguma frustração nos investidores, mas já estaria totalmente embutida nos preços das ações.

Na agenda desta quinta está a divulgação do resultado de novembro do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, o CPI. O indicador é importante para medir a inflação naquele país, onde a estimativa é de que os aumentos de juros estejam chegando ao fim. Também será divulgado número sobre produção industrial no mesmo período.