| 21/12/2005 12h30min
Em seu relatório de prestação de contas, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que o Valerioduto movimentou R$ 2,6 bilhões entre 1997 e 2005. O valor foi gerenciado pelas empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza.
– Há mais saídas do que entradas. É uma movimentação extraordinária: um engenho que o Valério montou para dificultar a identificação – disse.
Serraglio começou a sessão apresentando as divisões feitas no relatório e depois passou a recaptular o início das investigações. Lembrou que o empresário reconheceu ter disponibilizado, por meio de empréstimos, R$ 55 milhões para pagamentos a partidos políticos.
– O cruzamento de dados comprovou apenas a saída de R$ 51 milhões de suas contas. Isso comprova que o Valerioduto tem outras fontes de recursos além dos empréstimos do Banco Rural e do BMG – analisou.
Com 411 páginas, a prestação de contas reforça a tese de mensalão. A grande novidade envolve a Visanet (operadora de cartões de crédito do Bando do Brasil), que teria depositado R$ 23,3 milhões na conta da DNA Propaganda (empresa de Valério). O depósito, explicaram os parlamentares, ocorreu no dia 19 de maio de 2003, a título de antecipação de lucros.
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