| 05/01/2006 18h32min
É improvável que Ariel Sharon volte a trabalhar. A conclusão se deve à situação de saúde do primeiro-ministro, divulgada hoje pelo diretor do hospital Hadassah, o médico Shlomo Mor-Yosef.
– Não podemos saber as conseqüências após uma hemorragia ou operação no cérebro, não podemos saber se afetou sua capacidade motora ou mental, e só poderemos fazer uma avaliação depois que acordar – ressaltou.
O afastamento de Sharon motivou preocupações quanto ao processo de paz no Oriente Médio. De acordo com as pesquisas, Sharon era o favorito para as eleições de março. A retirada dos colonos judeus da Faixa de Gaza motivou uma mudança drástica na política israelense.
A retirada gerou insatisfação entre os membros de seu partido. Devido a isso, Sharon acabou deixando em novembro o Likud, partido de direita que ajudou a fundar há mais de 30 anos. Sharon justificou sua saída afirmando que queria trabalhar para estabelecer as fronteiras permanentes entre
Israel e os territórios palestinos. Com o
afastamento, Sharon criou um novo partido, o Kadima, de tendência centrista, com a promessa de trabalhar para a paz com os palestinos.
As eleições israelenses, que estavam previstas para novembro de 2006, foram antecipadas para 28 de março. A pressa foi motivada pela saída de Sharon do Likud, quando o político perdeu a maioria no parlamento. O novo partido é favorito nas pesquisas, embora o afastamento de Sharon da cena política possa reverter essa situação.
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