Líderes econômicos e políticos do mundo concordaram hoje, no encerramento do Fórum Econômico Mundial, que existe a necessidade urgente de encontrar uma forma de as idéias expostas em Davos serem transformadas em ações que gerem melhorias para a economia global e a prosperidade.

– Estas reuniões apontam a via para assumir responsabilidades e para traduzir em ações o que foi debatido aqui – disse o presidente da Nestlé, Peter Brabeck, na sessão de encerramento do Fórum.

Assim, foram concluídos cinco dias de 244 debates, com 2.340 participantes de 89 países, sobre as ações das empresas, dos Governos e da sociedade civil para responder de forma criativa às mudanças geradas pela globalização.

Outro assunto que centrou os debates do encontro foi o surgimento econômico da China e da Índia como potências dispostas a desbancar as economias mais ricas do mundo, assim como os desequilíbrios financeiros e os problemas relacionados ao respeito ao meio ambiente nesses países emergentes.

O Fórum também discutiu o impacto no Oriente Médio da vitória eleitoral do Movimento para a Resistência Islâmica (Hamas), o conflito provocado pelo Irã para retomar seu programa nuclear, a situação dos recursos energéticos, a evolução do Iraque e os problemas com a educação e a água em boa parte dos países em desenvolvimento. Na sessão de encerramento, os participantes ressaltaram ausências como a da América Latina. Como destacou o presidente da empresa britânica de publicidade WPP, Martin Sorrell, "não se falou muito" da região "e não houve nenhuma sessão dedicada" aos latino-americanos.

Para compensar essa ausência, o presidente e fundador do Fórum, Klaus Schwab, anunciou a realização de dois dias de debates, em 5 e 6 de abril, em São Paulo, dedicados exclusivamente à identificação das prioridades regionais e às respostas necessárias para contribuir para o desenvolvimento da América Latina.

AGÊNCIA EFE