Estados Unidos, União Européia (UE) e Israel ameaçaram cortar todo o financiamento da Autoridade Nacional Palestina (ANP) se o Hamas não renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel. O movimento extremista foi o grande vencedor nas eleições legislativas da última quarta-feira.

Considerado uma organização terrorista por EUA e UE, o Hamas tentou tranqüilizar o Ocidente. Ismail Haniyeh, um dos líderes, apelou para que as doações não sejam interrompidas. Haniyeh diz que o grupo fundamentalista está disposto a negociar os termos de uma colaboração ininterrupta com a comunidade internacional. Ele negou que o dinheiro possa ser usado em atos de violência.

– Asseguramos que todas as doações serão empregadas em salários, na vida cotidiana e infra-estrutura – afirmou Haniyeh.

Países ocidentais doaram em torno de US$ 900 milhões à ANP em 2005. O valor foi usado no pagamento de salários e no financiamento de projetos de infra-estrutura. Se o governo palestino não conseguir pagar os salários de seus 137 mil funcionários, podem ocorrer demissões em massa e uma nova onda de violência na região.