| 19/02/2006 15h02min
O presidente da Bolívia, Evo Morales, comprometeu-se hoje a reduzir os cultivos de coca excedentes na zona central de Chapare e a aplicar uma política de "cocaína zero", em um encontro com o embaixador dos Estados Unidos, David Greenlee.
Morales e seu vice-presidente, Alvaro García Linera, tiveram uma prolongada reunião com o diplomata no Palácio de Governo de La Paz para analisar a política antidroga que a nova administração boliviana aplicará.
O governante, que chegou ao poder catapultado pelos sindicatos de produtores de coca de Chapare, no departamento de Cochabamba, afirmou ao final do encontro que os camponeses erradicarão de forma voluntária ou com a ajuda da força antidroga os cultivos excessivos da planta nessa zona.
A folha de coca tem na Bolívia usos culturais e medicinais ancestrais, mas também se destina à fabricação ilegal de cocaína.
Segundo Morales, as plantações excedentes são as que estão acima do "cato de coca", uma medida equivalente a uma superfície de 40 metros por 40 metros.
No final de 2004 os produtores de coca de Chapare pactuaram com o então presidente Carlos Mesa o cultivo "de um cato de coca por família", para ter um total de 3,2 mil hectares semeadas na zona, um acordo que o governo dos EUA não apoiou.
Segundo Morales, esse acordo teve como efeito a pacificação de Chapare, onde não voltou a se registrar "nem um morto, nem um ferido, nem um bloqueio de estradas, nem uma manifestação".
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