| 21/02/2006 11h52min
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está disposto a esticar a corda ao máximo para viabilizar sua candidatura. Ele começa hoje o dia recebendo o apoio dos 23 deputados estaduais paulistas e à noite jantará com a bancada federal em Brasília. Amanhã, ele almoçará com o trio de cardeais que vem conduzindo o processo (o ex-presidente Fernando Henrique, o governador Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati).
Alckmin dirá que sua candidatura é viável, que tem amplo apoio partidário e que está disposto a buscar até mesmo em prévias tal confirmação, sem abrir mão da sua candidatura para o prefeito de São Paulo, José Serra. A resposta do trio, especulam analistas, será de que nem no jantar de quinta-feira em São Paulo, com Serra, nem no encontro de sexta no Rio, chegaram a decidir-se pelo nome do prefeito. O trio também deve fazer a mesma pergunta que já fizeram a Serra: se, não sendo o escolhido, está disposto a se bater pelo nome do outro.– Não houve decisão alguma nem pretendemos adotá-la unilateralmente sem tomar o pulso do partido. Examinamos pesquisas e simulações e ouvimos o Serra. Vamos agora ouvir o governador. Entendemos a preocupação de alguns com o centralismo mas vamos continuar atuando como núcleo coordenador para evitar acirramentos e garantir o entendimento. Sabemos que está em jogo nossa oportunidade de eleger o próximo presidente – diz Aécio Neves.
Ao trio, Alckmin dirá ainda que seu calendário está mantido: deixará o governo do estado no dia 30 de março para ser candidato a presidente – só a presidente, a nenhum outro cargo. Outros tucanos, na linha do governador goiano Marconi Perillo, devem protestar contra o centralismo do processo e uma eventual escolha de Serra sem maiores consultas.
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