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Um dia depois de apagar o fogo provocado pelo impasse entre o PPS gaúcho e o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, os aliados da Frente Trabalhista ainda avaliam que a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República corre riscos devido a problemas domésticos.
Mesmo com a promessa do PPS de não lançar Antônio Britto para disputar o governo gaúcho, o comando do PDT encara com desconfiança o comportamento da legenda "aliada" e de seu presidente nacional, senador Roberto Freire (PE), na discussão da aliança em torno da candidatura de Ciro Gomes a presidente.
O líder do PTB na Câmara, deputado Roberto Jefferson (RJ), disse nesta sexta-feira, dia 19, que não sabe se Freire dará legenda ao candidato de seu partido. Para Jefferson, Freire estaria sabotando a candidatura de Ciro ao atacar o PFL e não censurar a mobilização do PPS gaúcho contra o candidato a governador indicado pelo PDT, o vereador José Fortunati.
O líder petebista não é o único a tentar isolar Freire. O presidente do PDT também disse, na quinta-feira, que Freire estaria fazendo Ciro de refém e acobertando a rebelião dos gaúchos. Mais do que isso, Brizola sugeriu que o senador e os gaúchos ligados ao ex-governador Antônio Britto estariam fazendo o jogo do governo.
Freire disse que não responderia às provocações em respeito a Brizola e à unidade das siglas, mas segue trabalhando internamente, no PPS, contra a aliança com o PFL. Nesta semana, um dia depois de ser noticiado o isolamento de Freire do comando da frente, 21 dos 27 diretórios regionais do PPS assinaram uma nota afirmando que na aliança de Ciro "não cabem partidos ou segmentos que se identificam com o atraso político do nosso país".
Freire é acusado de sabotar candidatura de Ciro e dificultar a situação no Estado
Foto:
Cacalos Garrastazu
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