| 03/03/2006 22h40min
Reserva na Copa do Mundo de 1994, Cafu testemunhou os últimos dias de Jorginho na lateral-direita da seleção brasileira. Dono da camisa 2 durante mais de 10 anos, o jogador do Milan se prepara para admitir o final de sua era no time canarinho.
Reticente, ele demonstra dificuldade para lidar com idéia de não correr na lateral do gramado durante a Copa de 2010.
Sem concorrentes a altura nos últimos anos, Cafu se acostumou a embarcar para disputar a Copa do Mundo como unanimidade. Atletas reconhecidamente limitados, Zé Carlos e Belletti foram os reservas do experiente lateral em 98 e 02.
Nesta temporada, no entanto, ele vive assombrado pelo talentoso Cicinho. Com muito custo, Cafu reconheceu que o ala do Real Madrid deve ser seu sucessor.
- Tenho certeza que, depois da Copa, ele vai ser um dos titulares absolutos da seleção brasileira – admitiu.
Por outro lado, o pentacampeão faz questão de deixar bem claro quem manda antes do Mundial na Alemanha.
– Acho que o Cicinho vai ter que esperar. A chance dele, ele vai ter. É um jogador que tem se destacado tanto no seu clube como na seleção, mas tudo tem seu tempo – declarou.
Contestado poucos meses antes do Mundial, ele procura demonstrar naturalidade no momento de falar sobre a disputa com Cicinho.
– Concorrência, tem em todas as posições. Isso serve de motivação. Já tinha tido jogadores que me ameaçaram. Mas sempre trabalhei e estive bem – afirmou.
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