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Sharon quer Arafat fora das negociações

Conversações para o fim do impasse na Natividade continuam

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, vai pressionar o presidente dos EUA, George W. Bush, em encontro nesta terça-feira, dia 7, em Washington, a afastar o líder palestino Yasser Arafat das negociações de paz no Oriente Médio. Ao mesmo tempo, denunciará a Arábia Saudita como suposta financiadora de atos de terrorismo cometidos por palestinos.

Em um dossiê que levou a Washington, Sharon afirma que Arafat está vinculado pessoalmente com atividades terroristas e que os sauditas concederam US$ 135 milhões aos palestinos para "fins de natureza não apenas religiosa ou humanitária". Os documentos foram confiscados na ofensiva nos territórios palestinos no mês passado, disse Israel. A Arábia Saudita nega ter financiado atividades terroristas.

O presidente dos EUA não fez comentários sobre a acusação contra os sauditas. Ao mesmo tempo, disse que "Arafat o decepcionou, mas terá a chance de mostrar que acredita na paz". Bush e Powell deixaram claro que Arafat será o representante palestino nas negociações.

A iniciativa de Sharon ocorre em meio às negociações para o encerramento do cerco à Igreja da Natividade, em Belém. Um acordo está bem próximo, mas palestinos e israelenses ainda divergem sobre alguns pontos.

Conforme a proposta de acordo para pôr fim ao impasse na Natividade, parte dos palestinos procurados por Israel seria exilada na Itália, e o restante seria transferido para a Faixa de Gaza. As demais pessoas refugiadas no local seriam soltas. Porém, os israelenses querem que ao menos 12 militantes partam para o exílio, enquanto os palestinos não aceitam mais do que oito. Outro ponto ainda em aberto é se realmente os exilados iriam para a Itália.

 
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