O governo de Israel afirmou nesta sexta-feira, dia 3, que o primeiro-ministro Ariel Sharon mostraria ao presidente americano George W. Bush provas da ligação do líder palestino Yasser Arafat com ataques contra israelenses.

Em um comunicado divulgado pelo governo israelense, entretanto, não foi descrito nenhum envolvimento de Arafat em alguma agressão específica e não foi apresentado a transcrição dos interrogatórios das autoridades do grupo Fatah, principal grupo político da Autoridade Nacional da Palestina (ANP).

Sharon afirmou que o líder palestino Marwan Barghouti confessou durante interrogatório que Arafat havia aprovado pessoalmente armas e dinheiro para financiar ataques contra alvos judeus. Barghouti foi capturado na cidade de Ramallah na Cisjordânia no dia 15 de abril. Ele é o oficial palestino de mais alto nível a ser preso durante a ofensiva israelense na Cisjordânia

O advogado de Barghouthi, Jawad Bulous, disse não ter tido permissão para ver seu cliente na prisão a fim de verificar se ele vinha sendo bem tratado. Barghouti tem denunciado que as forças israelenses não o deixam dormir e que os interrogatórios chegam a durar 24 horas, por quatro dias consecutivos.