Entidades de defesa do consumidor preparam uma ação na justiça para responsabilizar o governo federal pela crise na Varig. Em uma semana, a ação deve ser apresentada na Justiça Federal, em Porto Alegre, e no Ministério Público Federal. A defesa tem como base artigos da Constituição que declaram ser responsabilidade da União a exploração da navegação aérea. A ação será movida pelo Movimento de Defesa do Consumidor junto com a Associação Nacional em Defesa dos Direitos de Passageiros de Transporte Aéreo.

O presidente do Fórum Estadual de Defesa do Consumidor, Alcebíades Santini, diz que já deveria ter ocorrido uma intervenção do governo federal.A orientação do Fórum é que as pessoas que compraram passagens tenham cautela e diz que não é preciso correr para trocar o bilhete por outra companhia.

A conseqüência de um eventual fechamento da Varig iria muito além. Pela legislação, as agências de turismo que venderam bilhetes teriam de reembolsar os clientes em 94% do valor do bilhete, o que poderia gerar uma quebradeira no setor. O alerta é da presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, Carmen Marun.

A determinação está presente no Código de Defesa do Consumidor. Como existem hoje 17 mil agências de viagem no país, o desemprego estimado poderia ser superior a 170 mil empregos diretos.

Durante a tarde, um grupo de aproximadamente 40 funcionários fez uma mobilização em frente ao Trip Hotel, no bairro Moinhos de Vento, onde aconteceu a entrevista coletiva dos representantes de entidades de defesa do consumidor.

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