| 19/05/2002 11h23min
Os brasileiros que presenciaram a canonização de Madre Paulina na Praça de São Pedro, no Vaticano, extravasaram a emoção com alegria e muita festa. As cores verde e amarelo da bandeira nacional coloriram a manhã cinzenta e chuvosa de Roma. Os fiéis que exaltaram a primeira santa do país eram os mais fervorosos entre os cerca de 30 mil participantes. Alguns mostravam faixas de dioceses catarinenses saudando a santa. A celebração evidenciou o temperamento descontraído em geral atribuído aos brasileiros.
– Hoje, todos nós vamos fazer festa; é como quando a seleção joga: uma só torcida, um só coração, e estou muito feliz – disse sobrinho-neto de Madre Paulina, Agenor Visintainer.
Na ala reservada às autoridades, instalada ao lado esquerdo do Papa, estavam presentes o presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, e o de São Paulo, Geraldo Alckmin. Bispos, padres e cardeais brasileiros também acompanharam a celebração, como o arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid, o cardeal de São Paulo, dom Cláudio Hummes, e o presidente da Confederação Brasileira dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Chemello, além de dom Lucas Moreira Neves e do padre Alécio Azevedo, de Nova Trento.
Entre os milhares de brasileiros estavam irmãs da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, vindas de diversos estados do Brasil. As duas pessoas consideradas agracidas por milagres da santa, Iza Bruna Vieira de Souza, 9 anos, e Eluiza Rosa de Souza, 60, foram testemunhas desse histórico dia 19 de maio. – Depois de dez anos de espera, nem sei se vou conseguir controlar a emoção. Quando entrei na Praça de São Pedro já comecei a chorar – confessou Mabel Vieira, mãe de Iza Bruna. A menina nasceu com hidrocefalia, foi desenganada pelos médicos e salva da morte depois que padre Alécio pediu a intercessão de Santa Paulina.
Eluiza, de Imbituba, também estava em estado gravíssimo, vítima de hemorragia. A mulher se recuperou depois de orações à madre.Os dois casos, investigados e confirmados pelo Vaticano, é que renderam à madre a condição de santa. A confirmação do milagre que salvou Eluíza possibilitou o processo de beatificação. E o caso de Iza Bruna foi apresentado pela postulante, Irmã Célia Cadorin, no processo de canonização da madre.
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