| 19/04/2006 18h44min
A Volo tem um prazo de 15 dias a partir desta quarta, dia 19, para entregar a certidão negativa de débitos pendente no processo de compra da VarigLog, ex-subsidiária de logística da Varig. A informação foi dada pelo presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.
A Volo comprou a VarigLog em 2005, mas teve a operação suspensa pela Anac nos últimos dias por causa da falta do documento. A agência começou a operar no mês passado em substituição ao Departamento de Aviação Civil (DAC).
– É verdade que não autorizamos (a operação), porque falta um documento. São várias as certidões que exigimos. A Volo nos comunicou hoje (quarta) por ofício que já providenciou o documento. No momento que a agência receber, nos reunimos de novo e está autorizado – afirmou.
O presidente da Anac destacou que a agência não rejeitou a operação de venda da VarigLog, apenas suspendeu seus efeitos por conta da pendência do documento. A assessoria de imprensa da Volo informou que o documento já foi providenciado e será entregue à Anac em um prazo de 48 horas.
Antes de ter sua compra pela Volo suspensa, a VarigLog fez uma oferta de compra da Varig no valor de US$ 400 milhões. Zuanazzi não quis comentar os efeitos que a suspensão da operação de compra poderia causar na proposta oferecida pela ex-subsidiária à Varig. Segundo ele, cada assunto deve ser discutido separadamente.
Zuanazzi também discordou do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias sobre a suposta desnacionalização da VarigLog com a compra pela Volo, já que a empresa tem mais de 80% de capital brasileiro. A lei determina um máximo de 20% de capital estrangeiro.
O presidente da Anac comentou que não está previsto nenhum plano de contingência para o caso de a Varig parar e garantiu a segurança dos vôos da empresa.
– Se uma agência não fizer um contingenciamento, é irresposável. Mas fazer contingenciamento sem a empresa parar, é
irresponsabilidade também. Hoje a Varig é uma empresa segura. Mas
quem tem que dar a reposta sobre se a Varig tem saída é a Justiça. Não é bom para ninguém que a Varig pare, muito menos para a Anac, pois é importante ter uma empresa a mais no mercado – disse.
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