Depois de o governo federal passar semanas negando que pudesse haver repasse de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para socorrer a Varig, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mudou o discurso. Ela afirmou na noite desta quarta que "sem sombra de dúvidas, o BNDES se dispõe a entrar" (para financiar a Varig) se houver um investidor novo que dê garantias.

Dilma participou hoje do lançamento de um livro do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília.

Sobre o tempo que ainda levará para surgir o novo investidor que salvaria a empresa aérea – a cada dia com mais problemas e com suas receitas e rotas sendo reduzidas –, a ministra declarou que não dá para estipular prazo para entrada do investidor, porque isso não depende do governo.

Na semana passada, no Rio Grande do Sul, a ministra, embora ressalvando que o governo está interessado em preservar a marca Varig e, conseqüentemente, os empregos, declarou que o governo já socorreu a companhia aérea ao não cobrar as dívidas. Dilma disse que o BNDES poderia ser acionado, "se houvesse garantias", mas colocando essa possibilidade como remota.