| 02/05/2006 14h04min
O alto representante para a Política Externa da União Européia, Javier Solana, disse hoje que o decreto que nacionaliza os hidrocarbonetos na Bolívia produz "grande intranqüilidade" e alertou que a ausência de segurança jurídica não beneficiará "o desenvolvimento político e econômico" do país andino.
Em declarações aos jornalistas, Solana lembrou que em sua reunião em 5 de janeiro com o então recém-eleito presidente boliviano, Evo Morales, transmitiu a mensagem de que "a segurança jurídica é fundamental para que o investimento estrangeiro chegue e o desenvolvimento possa ocorrer".
– Eu achei que ele tinha entendido bem o que eu disse, (agora) acho que ele talvez não tenha entendido tudo – acrescentou.
Solana disse que "ainda há esperança de que a partir das declarações que (Morales) fez ontem, possa-se chegar a acordos de outra natureza que permitam sair da situação". Mas alertou que acha "que não beneficiará o futuro político e econômico da Bolívia, e, portanto, serão os cidadãos da Bolívia os que sofrerão".
A decisão do Governo boliviano ocorre pouco antes da IV cúpula União Européia-América Latina e Caribe, que reunirá os chefes de Estado e do Governo em Viena entre os dias 11 e 13.
Solana augurou hoje que o decreto boliviano será alvo de discussão durante essa reunião.
– Acho que será quase impossível que não seja abordado. Não se fará de uma maneira formal, mas normalmente se perguntará, porque há grandes países europeus que têm investimentos na Bolívia, para os quais sua segurança jurídica foi, de uma maneira ou de outra, não garantida – manifestou.
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