| 03/05/2006 20h03min
A candidata conservadora peruana Lourdes Flores aceitou hoje a derrota que sofreu nas eleições peruanas de 9 de abril, mas manifestou reservas por supostas irregularidades na apuração dos votos. Passados 25 dias do primeiro turno das eleições presidenciais, Lourdes aceitou diante da imprensa que ficou fora da segunda etapa do pleito, mas ressaltou que não sabe ao certo se foi "derrotada nas urnas" e que tem "a impressão" que sua derrota foi lavrada nas mesas de apuração.
Apesar disso, a líder social-cristã da aliança União Nacional se absteve de denunciar uma fraude nas eleições peruanas dizendo que "qualquer outra atitude seria irresponsável e danificaria a democracia". As declarações de Lourdes foram feitas depois que foi anunciado oficialmente que o segundo turno será disputado em 4 de junho pelo nacionalista Ollanta Humala, do partido União pelo Peru (UPP), e pelo ex-presidente social-democrata Alan García, do Partido Aprista Peruano (PAP). Ela denunciou que a Chancelaria peruana, que lida com os votos de cerca de 400 mil peruanos que vivem no Exterior, "perturbou a boa ordem do processo". Além disso, lamentou "a forma tendenciosa com a qual o Escritório Nacional de Processos Eleitorais incorporou a informação (dos votos) e a decisão do Júri Nacional de Eleições de não invalidar os votos de 1,9 mil atas em Lima e no Exterior". Por outro lado, Lourdes pediu que o Peru "faça parte do eixo dos vitoriosos e que não seja satélite do perturbador eixo" que, na sua opinião, é integrado pelos presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez. A candidata conservadora desejou sorte ao nacionalista Humala e ao ex-presidente García no segundo turno. Disse ainda que espera que eles acabem com a pobreza e exclusão no país. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.