| 04/05/2006 16h54min
Durante entrevista coletiva logo após o encontro entre os chefes de Estado do Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela, em Puerto Iguazú, na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou se posicionar sobre o anúncio feito pela Petrobras de que irá suspender projetos de novos investimentos na Bolívia.
– Os investimentos da Petrobras são decisão de uma empresa que tem autonomia. Ela vai continuar investindo ou não em função dos acordos que possa ter com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) – afirmou o presidente.
Em um clima de entrosamento, Lula, Nestor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) fizeram questão de ressaltar que a decisão de Evo Morales (Bolívia) de nacionalizar as fontes de petróleo e gás natural (hidrocarbonetos) está sendo respeitada pelos seus governos. Eles criticaram as especulações sobre uma possível cisão entre os países e, para dissipar qualquer dúvida sobre a união entre seus governos, entregaram ao presidente Evo Morales um convite para integrar o projeto de construção de um gasoduto na América do Sul.
– Tudo o que foi falado até antes dessa reunião pouco vale diante do que está escrito na nota lida por Kirchner – declarou Lula, após a leitura de um documento no qual os quatro países se comprometem em trabalhar juntos para garantir suprimento de gás no continente.
O presidente do Brasil, em tom de discurso, voltou a valorizar o Mercosul:
– Os presidentes aqui reunidos não irão fazer nenhum gesto para que não dê certo a integração da América do Sul e o Mercosul. Estamos iniciando uma coisa que a Europa levou 50 anos para fazer. Somos adultos, responsáveis, donos dos nossos narizes, respeitando problemas e assimetrias de cada país, mas temos vontade imensa de dar uma chance à América do Sul.
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