| 08/05/2006 22h43min
O governo da Bolívia rejeitou hoje o prazo de 45 dias dado pela Petrobras para o alcance de um acordo antes de a empresa procurar uma arbitragem internacional. O executivo boliviano também destacou que, ao nacionalizar os hidrocarbonetos, fixou um período de 180 dias para negociar com as empresas.
O presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, destacou que a empresa não tinha comunicado oficialmente essa decisão ao governo, divulgada pela filial boliviana da Petrobras em um comunicado na última sexta-feira.
– Não podem pretender que contratos sejam assinados em 45 dias. Com algumas, seguramente vamos assinar, mas temos um prazo de 180 dias para assinar todos os contratos – disse Alvarado.
A empresa brasileira advertiu que irá a um tribunal de Nova York em 45 dias, caso não prosperem as negociações com o governo. Alvarado disse que, se as partes trabalharem com rapidez, é possível conseguir um acordo nesse tempo. Porém, esclareceu que a Bolívia não pode se sujeitar a nenhum tipo de pressão.
O presidente da YPFB também não descartou um acordo a tempo sobre as dívidas da Petrobras referentes à compra de gás para sua exportação para o Brasil. Para discutir o assunto, na próxima quarta-feira chegará a La Paz o ministro brasileiro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
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