| 09/05/2006 11h05min
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que as relações do Brasil com a Bolívia ou com outros países da América do Sul não são pautadas por convicções ideológicas, doutrinárias ou sentimentais. O ministro presta esclarecimentos aos senadores na reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Amorim enfatizou que a relação do Brasil com o país vizinho é de política de Estado. Segundo ele, a Bolívia é um país estratégico para o Brasil, já que faz fronteira com Estados brasileiros. Segundo Amorim, em nenhum momento houve a idéia de que o Brasil vai se relacionar apenas com governos de esquerda.
– Vamos nos relacionar com todos os governos – disse.
Durante as explicações, o ministro disse que o atual governo apenas aprofundou as relações já estabelecidas previamente e lembrou que hoje a região é o maior destino das exportações brasileiras. Citando números sobre o crescimento das exportações para os países sul-americanos, ele disse que a integração da região não é apenas um projeto político, mas que gera empregos no Brasil.
Ele afirmou ainda que, apresar de a Bolívia ser um país instável, o Brasil considera fundamental a integração com aquele país.
– Não foi o presidente Lula que elegeu Evo Morales. Quem o elegeu foi o povo da Bolívia e nós temos de respeitar esse fato.
Para o ministro, a Petrobras agiu com prudência em todos os seus investimentos no país vizinho ao considerar que o problema do gás não é recente. Segundo ele, o recente decreto do gás apenas acentuou a situação e deu mais visibilidade ao assunto. Amorim salientou que, em 2004, um referendo realizado na Bolívia já havia decidido pela revogação da antiga lei sobre o gás e feito com que a propriedade das jazidas passassem à propriedade do Estado boliviano.
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