| 10/05/2006 19h47min
Não é só uma simples mudança de planejamento que vem movendo a direção do Corinthians a antecipar em um dia, de sábado para sexta, a viagem de Curitiba, retiro no Sul do País desde o início da semana, para Maringá, onde o Timão enfrentará o Paraná Clube, domingo, dia 14 de maio, pelo Campeonato Brasileiro. O elenco está inseguro e recebendo ameaças pelo telefone. As chamadas anônimas estão minando a concentração dos jogadores até no novo refúgio alvinegro, e, por isso, houve alterações nos planos do clube .
Na noite de terça, ocorreu manifestação de um pequeno grupo de torcedores na porta do hotel Bourboun, no centro da capital paranaense, base do Timão. Nesta quarta-feira, os dirigentes ordenaram toque de recolher às 22h30min para os jogadores. Tudo para evitar o contato com qualquer estranho.
Mas o telefone celular virou arma dos mais fanáticos representantes da fiel desde que a equipe foi eliminada da Libertadores, na semana passada. Jogadores como Ricardinho, Gustavo Nery, Coelho, Betão, entre outros, recebem ligações assustadoras. As pessoas dizem para eles deixarem o clube, sob pena de represálias. As famílias desses atletas também estão sendo ameaçadas.
O próprio técnico Ademar Braga confirmou os estranhos chamados pelo telefone. Ele lamentou a atitude desses torcedores.
– Soube das ameaças e isso não leva a lugar algum. Pressionar desse jeito não vai ajudar o time, tampouco os jogadores – diz Braga.
Em Curitiba, a delegação não sai às ruas sem escolta. Pelo menos seis carros da Brigada Militar do Paraná escoltam o ônibus dos jogadores até o CT do Caju, em São José dos Pinhais, no trajeto de 15 quilômetros. Ninguém pode entrar no complexo do Atlético-PR sem ordem. À imprensa, só é permitida 15 minutos de filmagens e fotografias no campo. Os repórteres entrevistam os jogadores (dois por dia) em uma sala isolada, longe dos gramados.
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