| 12/05/2006 14h54min
A Assembléia Nacional venezuelana pediu ao Governo que "revogue" as quatro associações estratégicas que operam na Faixa do Orinoco há uma década e nas quais a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PVDSA) tem uma participação minoritária em associação com multinacionais de Estados Unidos, Reino Unido, França e Noruega.
– Pede-se ao Executivo que revogue qualquer acordo que não outorgue à PDVSA e ao Estado venezuelano a maioria acionária no negócio de extração de petróleo – diz um relatório aprovado ontem à noite pela Assembléia.
O Legislativo pediu ao governo "a elaboração de um instrumento legal que permita a garantia plena de exploração soberana e racional da Faixa do Orinoco" e a "revogação de qualquer acordo que proíba que a República controle as operações" do setor.
As associações que operam na Faixa Petrolífera do Orinoco (sudeste) são a Sincor (Total, PDVSA, Statoil), a Hamaca (ConocoPhillips-Chevron-PDVSA), a Cerro Negro (Exxon-PDVSA-BP) e Petrozuata (ConocoPhillips-PDVSA).
Segundo o relatório parlamentar, essas associações estratégicas produziram um "maciço sacrifício fiscal para a Venezuela", já que "pagavam um terço de royalties, quando as taxas não petrolíferas eram de dois terços de royalties".
O documento também destaca as "irregularidades" na associação Sincor, "que não cumpriu com os volumes de produção estabelecidos pelo antigo Congresso Nacional". Ainda de acordo com o relatório, as associações exploram o petróleo de maneira inapropriada, de um modo que poderia "reduzir as reservas da Faixa de 267 bilhões para 84 bilhões de barris".
O relatório, que analisa a abertura petrolífera da década de 90, também diz que esse processo causou perdas ao Estado de "US$ 7,5 bilhões". Além disso, pede "sanções administrativas e penais" à direção da PDVSA que o conduziu.
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