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Pela primeira vez em cinco meses, os líderes da Índia e do Paquistão se encontraram frente a frente nesta terça-feira, dia 4, mas não fizeram nenhuma concessão a respeito da Cachemira, a região disputada que mantém as duas potências nucleares em pé de guerra. O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e o premier da Índia, Atal Behari Vajpayee, que participam em Almaty, no Cazaquistão, de uma reunião de líderes asiáticos, aceitaram um convite do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir suas divergências em uma reunião em Moscou. A data do encontro não foi marcada ainda.
– Não queremos a guerra. E não vamos iniciar uma guerra – declarou Musharraf, ressaltando que, se a guerra for imposta, o Paquistão vai se defender com determinação.
Antes das declarações de Musharraf, Vajpayee afirmou que as invasões da parte indiana da Cachemira, originadas no lado paquistanês, aumentaram no último mês. A Índia tem acusado o Paquistão de permitir que militantes se infiltrem em seu território para lançar ataques terroristas, algo que Musharraf nega.
Putin se reuniu nesta terça-feira separadamente, com Musharraf e com Vajpayee. Para o presidente russo, o mais importante, é que os dois líderes asiáticos decidiram resolver de forma pacífica suas diferenças. Em entrevistas à imprensa, no entanto, Musharraf acusou a Índia de "ameaçar constantemente" atacar seu país, negando-se ao mesmo tempo a estabelecer negociações.
A tensão entre os dois países cresceu a partir de dezembro, quando um grupo armado invadiu o parlamento indiano, em Nova Délhi, e provocou um massacre. A Índia acusa o Paquistão de treinar e armar os militantes da Cachemira. Musharraf admite apenas apoio diplomático à causa separatista, mas ainda assim promete persegui-los.
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