| 15/05/2006 09h31min
O Estado de São Paulo voltou a sofrer hoje com a violência. A madrugada teve ataques a bases policiais além de ônibus e agências bancárias incendiados. A esperança que os atos, começados na sexta, diminuíssem não foi confirmada.
As ações contra a polícia aconteceram principalmente na Grande São Paulo. Em Franco da Rocha, um homem a pé deu seis tiros contra uma base da Polícia Militar na Avenida Israel. Em Poá, bandidos atiraram contra uma viatura da PM na Rua Enrique Heroles. Também houve confronto em no Parque do Carmo.
Em Guarulhos, a situação não foi diferente: criminosos atacaram o Corpo de Bombeiros. A casa de um sargento também foi atingida na capital paulista. O 46º Distrito Policial foi atingido por tiros assim como o 92º DP.
Os confrontos deixaram vítimas. Os números, entretanto, são imprecisos. Segundo o site do jornal O Globo, 72 pessoas morreram. O programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, contabilizou 70 vítimas. O jornal Folha de S. Paulo resumiu os dados em mais de 60 mortos. A Secretaria de Segurança Pública contabilizou 52 mortos no boletim de ontem. Um novo balanço será divulgado na manhã de hoje.
A violência começou na sexta. A polícia responsabiliza o Primeiro Comando da Capital (PCC), que estaria agindo em represália à transferência de líderes da facção criminosa. Também foram deflagradas rebeliões nos presídios – 46 ainda estão em andamento.
Desde ontem, porém, a estratégia de ataque mudou. Agora, ônibus e agências bancárias são atingidos. No total, 65 veículos e oito agências bancárias foram incendiados na Grande São Paulo. Com medo de novos ataques, pelo menos seis empresas decidiram recolher os coletivos. A população, principalmente da zona sul, ficou sem transporte público. Estima-se que mais de 2 mil ônibus estão parados. Diante do panorama, a prefeitura da capital suspendeu o rodízio de carros.
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