| 10/06/2002 20h05min
Horas depois de tanques israelenses sitiarem novamente a sede do governo palestino em Ramallah, na Cisjordânia, o presidente dos EUA, George W. Bush, recebeu nesta segunda-feira, dia 10, na Casa Branca, o premier de Israel, Ariel Sharon. No encontro, Bush defendeu o direito israelense à autodefesa.
Com essa incursão, Sharon quer enviar ao público interno a mensagem de que considera o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, diretamente responsável pelos últimos atentados em Israel, e que os EUA toleram as ações contra os palestinos.
– Israel tem o direito de se defender, e ao mesmo tempo em que o faz, o primeiro-ministro está disposto a discutir as condições necessárias para conseguir o que queremos, que é uma região segura e com esperanças – disse Bush.
Os dois discutiram o processo de reformas na Autoridade Palestina, uma pré-condição para a retomada do processo de paz. Mas Bush disse que ainda não é o momento para uma conferência de paz sobre o Oriente Médio, porque "ninguém tem confiança no governo palestino que está surgindo.''
A Casa Branca não fez críticas à invasão de Ramallah, que considerou "de duração limitada". Limitou-se a recordar Israel, por seu porta-voz, Ari Fleischer, "das repercussões de qualquer ação que possa ter impacto sobre o objetivo mais amplo de alcançar a paz".
Na madrugada desta segunda-feira (horário local) cerca de 20 blindados israelenses, com apoio de helicópteros e metralhadoras, entraram em Ramallah, onde impuseram toque de recolher. Essa invasão mostra a disposição do governo Sharon em isolar Arafat, apesar dos protestos internacionais.
– Como não temos a cooperação palestina contra o terrorismo, não temos outra escolha a não ser agir sozinhos. – disse em Ramallah o coronel Ilan Paz.
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