A polícia do Rio de Janeiro encontrou na manhã desta terça-feira, 11 de junho, um corpo que pode ser do jornalista Tim Lopes, desaparecido na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, há nove dias. Junto ao corpo foi encontrada uma microcâmera que trazia uma identificação da Rede Globo.

Na noite do último domingo, a polícia do Rio de Janeiro confirmou que o jornalista fora capturado por traficantes, torturado e morto a golpes de espada ninja pelo líder do tráfico no Morro da Caixa D´Água, no Complexo do Alemão, Elias Maluco, e teria tido o corpo queimado em seguida. Tim Lopes foi morto por denunciar a ação criminosa dos homens que o executaram. Ele fazia uma reportagem com uma microcâmera escondida em que abordava o consumo de drogas e shows eróticos envolvendo meninas menores em bailes funk.

Desde esta segunda, operações tentavam localizar o corpo do repórter, principalmente em favelas da Zona Norte. A polícia chegou a informações sobre a morte de Tim Lopes depois de prender três suspeitos de terem participado do crime, na manhã de domingo. Um deles tinha prisão preventiva decretada há mais de um ano por tráfico de drogas. Outro, vinha sendo investigado, e o terceiro é um adolescente de 16 anos.

Gaúcho nascido em Pelotas, o jornalista de 51 anos residia no Rio desde os oito, quando foi com a família morar na Mangueira. Era casado e tinha um filho de 17 do primeiro casamento.