A prefeitura do Rio de Janeiro decretou nesta terça-feira, dia 11, luto oficial por três dias na cidade dvido a morte do jornalista da TV Globo, Tim Lopes. Lopes desapareceu na noite do dia 2, quando investigava denúncias de exploração sexual de menores e de tráfico de drogas em um baile funk da favela Vila Cruzeiro, zona norte do Rio.

Para a polícia carioca, não há mais dúvidas de que a ossada encontrada nesta terça-feira, no alto da Favela da Grota, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, seja a do jornalista. Para o secretário da Segurança Pública do Rio, Roberto Aguiar, há 99% de chances de os ossos serem do repórter.

– A essa altura não tenho mais dúvidas. Gostaria de ter. Pelo material encontrado, os indícios são fortes demais – declarou a delegada Alice Fraga, da 22ª Delegacia da Polícia Civil.

A polícia encontrou a ossada em uma cova rasa, ao lado do campo de futebol da associação de moradores e a 50 metros de um lago que suspeita-se ser um cemitério clandestino. Foram encontrados um crânio perfurado à bala e pedaços de arcada dentária, além da carcaça de uma microcâmera. A partir de uma plaqueta patrimonial numerada (117.985), a Rede Globo confirmou que o equipamento era o mesmo usado por Lopes quando desapareceu.

A lâmina de um facão, um cordão com crucifixo e os restos de um relógio e de uma pochete estavam enterrados na mesma cova. Todo o material estava queimado. A informação sobre o local onde a ossada foi enterrada chegou à polícia na manhã desta terça e, segundo os policiais, veio de um morador da favela.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio está oferecendo uma recompensa de R$ 60 mil por informações que levem ao traficante Elias Maluco, acusado de ter assassinado Tim Lopes.