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Os mais de 1,5 mil delegados presentes na Loya Jirga, a tradicional assembléia afegã, elegeram nesta quinta-feira, 13 de junho, o líder do atual governo interino do Afeganistão, Hamid Karzai, como novo chefe de Estado da nação. Vencedor com mais de 80% dos votos, Karzai agradeceu a confiança dos delegados e prometeu enfrentar o duro desafio de reconciliar um país devastado por 23 anos de guerras.
Dos 1.575 votos, 1.295 foram para Karzai, contra 171 de sua principal adversária, Massouda Jalal, médica do Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas, e 89 para Mohammad Mahfouz Nedaei. Outra mulher, Glam Fareq Majidi, também se postulou para o cargo, mas a candidatura foi declarada inválida, por dispor de apenas 101 assinaturas de apoio.
O novo presidente propôs um papel simbólico ao ex-rei Mohammad Zahir Shah, como "pai da nação." Shah, derrubado por um golpe em 1973 após 40 anos no trono, voltou ao Afeganistão do exílio em Roma em abril, com a promessa de unificar o povo.
Amplamente elogiado por seus esforços de reconciliação nacional desde que assumiu o poder, há seis meses, Karzai contou com o apoio decisivo de um ex-combatente da resistência afegã à então União Soviética, Mohammed Asef Mohsoni, que apresentou uma lista com 450 assinaturas – o triplo do número necessário para confirmar a indicação. Delegados da Loya Jirga disseram que o novo gabinete será abrangente. O vice-presidente será da etnia tadjique e o judiciário deverá ser liderado por um uzbeque.
A tradicional assembléia escolherá ainda os 111 membros do parlamento. O novo gabinete irá governar o país por 18 meses. Depois, haverá eleições gerais.
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