| 15/06/2002 00h14min
A caça aos assassinos ao jornalista da TV Globo Tim Lopes - a chamada Operação Autoridade Máxima - continua neste fim de semana. Nesta sexta-feira, dia 14, primeiro dia da operação, a Polícia Civil do Rio não conseguiu capturar o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, apontado como assassino do jornalista.
Cerca de 150 policiais de 23 delegacias, em 60 carros, vasculhara, sem sucesso, o Morro do Engenho da Rainha (zona norte), um dos redutos do traficante apontado como o assassino do jornalista Tim Lopes. Dois helicópteros participaram da ação. Após três horas de operação, os policiais não conseguiram localizar o criminoso, não prenderam ninguém nem apreenderam armas e drogas. O chefe de gabinete da Polícia Civil, Pedro Paulo Pinho, que comandou a operação, disse que as buscas continuarão.
A Operação Autoridade Máxima conta com 3 mil policiais civis - 29% do efetivo da corporação (10,5 mil profissionais). Na favela Vila Cruzeiro, onde o jornalista desapareceu, moradores temem novos atos de violência cometidos por Elias Maluco.
Desde o desaparecimento de Lopes, no dia 2, a polícia já prendeu seis acusados de integrar a quadrilha de Elias Maluco, dos quais dois teriam participado do crime. Na noite de quinta-feira, policiais da 22ª Delegacia de Polícia prenderam Eliseu de Souza, 22, o Zeu. Segundo o delegado Sérgio Falante, Zeu é segurança de Elias Maluco e estava no alto da favela da Grota quando Lopes foi morto.
Segundo outro traficante preso, Ângelo Ferreira da Silva, 19, Lopes foi assassinado na presença de nove traficantes. Segundo ele, o jornalista foi capturado na Vila Cruzeiro, amarrado, amordaçado e baleado no joelho direito. Levado para a Favela da Grota, segundo o depoimento, Lopes levou uma pancada na cabeça, teve o peito perfurado por uma espada e as pernas arrancadas e foi jogado em um latão com gasolina, incendiado pelos assassinos.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.