| 13/06/2002 22h43min
A polícia do Rio prendeu nesta quinta-feira, dia 13, o traficante Ângelo Ferreira da Silva, de 19 anos, que confessou ter participado da ocultação do cadáver do jornalista Tim Lopes. Em depoimento aos policiais, o preso disse que oito traficantes participaram da execução do jornalista, entre eles Elias Maluco, André Capeta e outro homem identificado como Alessandro. O traficante disse que apenas dirigiu o carro que levou o corpo de Tim Lopes da Vila Cruzeiro até à Favela da Grota, onde o jornalista teria sido enterrado.
Em outros pontos da cidade a polícia prendeu duas pessoas acusadas de participar da quadrilha do traficante Elias Maluco. Carlos Alberto da Conceição, o Queiroz, foi preso no Complexo do Alemão. Ele é apontado como o responsável por esconder os armamentos da quadrilha. Em Niterói, a polícia prendeu Marcílio de Oliveira, o Cabeção, também apontado como integrante do bando.
Os policiais que participaram nesta quinta das buscas ao corpo do jornalista encontraram mais duas ossadas no alto da Favela da Grota, no complexo do Alemão (zona norte do Rio), no mesmo local onde o jornalista teria sido enterrado. O trabalho deve continuar nesta sexta-feira, mas o chefe da Polícia Civil, delegado Zaqueu Teixeira, reafirmou que o corpo do jornalista já foi encontrado.
Apesar de o exame comparativo da arcada dentária com a ficha odontológica do jornalista ter dado negativo, Teixeira afirmou não ter dúvidas de que a ossada encontrada na terça-feira é do jornalista. Isso porque, junto aos restos mortais, havia uma microcâmera com uma plaqueta da TV Globo, além de objetos pessoais do jornalista, identificados por seus parentes.
Lopes desapareceu no dia 2 quando fazia reportagem sobre um baile funk na favela Vila Cruzeiro (Penha), onde haveria consumo de drogas e sexo explícito. De acordo com a polícia, Lopes teria sido capturado, torturado e morto pela quadrilha do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.
Sem pistas sobre o paradeiro do traficante, a Polícia Civil do Rio anunciou a criação da Operação Autoridade Máxima, que deverá mandar para as ruas, todas as noites, policiais civis e militares para combater o crime. Cerca de 3 mil policiais civis, além de um número não-divulgado de PMs, participarão das ações.
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