Israel alega que a cerca tem como único objetivo evitar ataques de militantes. O projeto seria uma questão de defesa, não de demarcação. Mas os palestinos temem que o país se aproprie de grandes áreas dos seus territórios durante a construção. Ultranacionalistas israelenses se pronunciaram contra a barreira, preocupados com o possível isolamento de aproximadamente 200 mil colonos judeus na Cisjordânia. O governo americano também não aprovou o posicionamento de Israel diante a obras.

Em meio a polêmica sobre a construção, nesta segunda-feira, um homem-bomba palestino detonou explosivos perto de uma patrulha israelense, no norte do país, sem causar outras vítimas. O incidente ocorreu próximo ao povoado árabe israelense de Kafr Salem, onde começaram os trabalhos de construção da cerca.

Em Belém, soldados israelenses mataram um militante palestino quando passava com seu carro em um vilarejo na cidade. Testemunhas identificaram o homem como Walid Sbeich, 30, membro das Brigadas de Mártires Al Aqsa – grupo afiliado à facção Fatah, de Yasser Arafat, e responsável pela morte de dezenas de israelenses em ataques-bomba.