| 14/06/2006 21h09min
Num esforço para garantir a presença do PSB na coligação formal que apoiará a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), teve uma longa reunião nesta quarta-feira com o presidente do PSB, deputado Eduardo Campos (PE), e o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes. O encontro, promovido pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi para discutir os problemas entre os dois partidos e as medidas que devem ser tomadas para que seja feita uma aliança.
Além do simbolismo político, a aliança com o PSB garante ao presidente Lula cerca de um minuto e meio de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
– Hoje não há condições para uma coligação formal – disse Eduardo Campos ao final da reunião.
Os socialistas reclamaram da falta de ação da direção nacional do PT para ajudar nas composições nos estados. O PSB cobra dos petistas gestos de que deseja a aliança. E argumentam que sem isso não há condições de remover os obstáculos políticos em diversos Estados.
O maior interesse do PSB, uma aliança para disputar o governo de Pernambuco, onde Eduardo Campos é candidato ao Palácio das Princesas, está fora de cogitação. Depois que o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro (PTB-PE), desistiu de disputar para apoiar o candidato do PT, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, petistas e socialistas só ficarão juntos no segundo turno.
– Nós queremos fazer a aliança, mas nossa prioridade é fazer 5% dos votos para a Câmara – afirmou o ex-líder Renato Casagrande (ES).
Há dificuldades em sete Estados. Os socialistas estão alinhados com os candidatos do PSDB no Tocantins e Alagoas. Os socialistas argumentam que esta era a orientação dos próprios petistas. Mas agora o PT vai apoiar a reeleição do governador Marcelo Miranda (TO) e não quer lançar uma chapa forte a Câmara em Alagoas, comprometendo a eleição dos deputados do PSB, Carimbão e a ex-prefeita de Maceió Kátia Born.
Outros contenciosos ocorrem em São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina, no Mato Grosso e em Rondônia. O esforço para compatibilizar as estratégias eleitorais do PSB e do PT vai até o início da próxima semana quando os socialistas ficaram de dar a palavra final sobre a aliança, fato que ocorrerá antes do presidente Lula anunciar oficialmente que será candidato à reeleição.
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