| 24/06/2002 12h33min
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, disse nesta segunda-feira, 24 de junho, que as novas operações israelenses nos territórios autônomos, e em especial contra Ramallah, revelam a verdadeira face do governo do primeiro-ministro Ariel Sharon e sua intenção de acabar com as possibilidades de paz.
Nos últimos dias, Israel reocupou as principais cidades da Cisjordânia e cercou o quartel-general da ANP em Ramallah. Para Arafat, as operações israelenses ocorreram quando as forças de segurança palestinas tomavam medidas preventivas contra o terrorismo, como a prisão domiciliar, em Gaza, do líder espiritual do movimento Hamas, xeque Ahmed Yasín, ocorrida na manhã desta segunda. Yassin já foi colocado em prisão domiciliar outras vezes no passado. Neste domingo, as autoridades palestinas haviam detido 15 membros do Hamas.
Arafat denunciou ainda que estas incursões – ocorridas depois de ataques suicidas que deixaram cerca de 30 mortos, em Jerusalém, na semana passada – têm matado civis inocentes.
Pelo menos 80 tanques, veículos de transporte militar e máquinas de terraplanagem israelenses entraram em Ramallah nesta madrugada e cercaram o a sede da ANP. O exército israelense também impôs um toque de recolher. Quando as tropas entravam em Ramallah, uma bomba foi detonada no caminho ferindo um soldado israelense, informaram as Forças de Defesa de Israel.
Em Rafah, na Faixa de Gaza, dois helicópteros Apache de Israel dispararam quatro mísseis contra dois carros, matando seis pessoas e ferindo 10. Entre os mortos estariam dois integrantes do movimento de resistência islâmica Hamas.
Autoridades israelenses declararam que as tropas irão até onde quer que seja necessário para desmantelar a infra-estrutura que envia terroristas suicidas palestinos a Israel. Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores, Shimon Peres declarou que a ocupação de cidades da Cisjordânia era temporária e duraria alguns meses. Forças israelenses detiveram oito palestinos em Hebron, dois em Sair, um em Jenin e outro em Beit Sahur, próximo a Belém.
Soldados israelenses também descobriram nesta segunda uma fábrica de bombas em Jenin. No local, encontraram dois cintos contendo, cada um, 15 quilos de explosivos, prontos para o uso, e partes de foguetes Qassam, de fabricação caseira. O laboratório e seu material foram destruídos.
As informações são da Agência Brasil.
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