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O governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira (PTN), criticou na terça-feira, dia 9, em Brasília, a atuação do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, que defendia a intervenção federal em território capixaba.
Acusado de irregularidades administrativas, algumas das quais renderam o afastamento dele do PSDB, Ferreira felicitou Brindeiro pela decisão de arquivar o pedido de intervenção em seu Estado.
– Se esse ministério não diz a que veio, nós vamos às instituições internacionais. Não é no Espírito Santo que tem Carandiru, prefeitura metralhada nem Tim Lopes – afirmou.
De acordo com Ferreira, o Estado estaria servindo de "bode expiatório e cortina de fumaça para encobrir a incompetência institucional" no combate à criminalidade e às violações dos direitos humanos.
– Qualquer jurista minimamente esclarecido sabe que o Espírito Santo está longe da criminalidade de outros Estados. Se o Brasil é réu internacional (por violações aos direitos humanos), tem de responder e não pegar um mosquito, deixando o elefante de lado – disse, ao deixar o gabinete do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.
Ferreira disse que a força-tarefa da Polícia Federal (PF) proposta pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para o Estado é bem-vinda, desde que não interfira na autoridade dele como governador.
O governador também acusou o presidente da seção capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ajesandro da Costa Pereira, de quem partiu, originalmente, o pedido de intervenção, de ter relações "promíscuas" com um grupo do esquadrão da morte contra o qual ele lutava, a Scuderie Le Coq.
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