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A iniciativa do presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, de ter chamado o deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) para conversar sobre a situação da economia brasileira foi elogiada nesta sexta-feira, 12 de julho, por pelo menos três candidatos à Presidência.
O tucano José Serra aprovou as iniciativas do presidente do BC para prorrogar o acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Serra disse que considerou positivo o fato de Fraga ter chamado Mercadante para conversar. Para ele, é positivo que o presidente do BC se disponha a discutir com economistas de partidos de oposição o quadro econômico. Serra argumentou que o nível de reservas cambiais do Brasil é satisfatório, mas que não via prejuízos para o país se o acordo com o FMI fosse ampliado.
No Rio, o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT), Ciro Gomes,
elogiou a iniciativa do presidente do BC de procurar Mercadante, mas ressaltou que mantém "discrepâncias
conceituais" com a atual política
econômica implementada por Fraga e pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan.
O ex-governador cearense disse que se tratam de duas figuras muito respeitáveis, honestas e bem intencionadas. Mas, no plano das idéias, do modelo econômico, acho que eles estão completamente equivocados, disse.
Apesar de considerar que o governo "brincou com coisa séria e fez terrorismo econômico" ao associar a instabilidade econômica às eleições, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou a disposição de seu partido em discutir saídas para a crise com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula afirmou que o presidente da República deveria, se tem problemas, convocar a oposição. Segundo o petista, o governo sabe que a situação econômica é grave e a vulnerabilidade externa maior ainda. O presidenciável acredita que só haja um caminho, o de voltar a produzir, aumentar o mercado interno e a capacidade de exportação, porque vai permitir a queda de juros, que as empresas invistam corretamente, geração de emprego, distribuição de renda.
Por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola, FH considerou saudável a iniciativa de Fraga.
Em São Paulo, Anthony Garotinho, disse que aceita negociar um acordo de transição com o governo e com o FMI. Colocou, porém, como condição, o limite de um ano para o acordo. Apesar de se dizer favorável à negociação de um acordo de transição, Garotinho criticou a aproximação de Mercadante com Fraga. O candidato disse que o PT está achando que já ganhou a eleição. Já está marcando reunião por conta.
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